Porque morres lentamente
quando o dia expira mornamente
E o teu olhar balança na
neblina dessa estrada
Vendo o caminho longo que te escasseia a esperança
E sabes que te afastaste
de tudo embebido em ti
Às vezes morres sem olhar
o céu
E os pássaros cantam o
hino da libertação, e deixas cair o corpo num impasse
Talvez as ruínas desse
tempo te levem a ver a morte
E despertes desse sono
induzido pela velha fada
Por vezes simplesmente
morres, como se o rio secasse